terça-feira, abril 24, 2007

Relacionamentos


Nesses últimos tempos (muito tempo) tenho passado por várias fases que envolvem relacionamentos, quase sempre finitos.
Hoje li na Veja dessa semana um texto da Lia Luft, que como sempre, descreve magistralmente esses nossos encontros e desencontros com o outro:
"Relacionar-se é uma aventura, fonte de alegria e risco de desgosto. Na relação defrontam-se personalidades, dialogam neuroses, esgrimem sonhos e reina o desejo de manipular disfarçado de delicadeza, necessidade ou até carinho. Difícil? Difícil, sem dúvida, mas sem essa viagem emocional a existência é um deserto sem miragens.
No relacionento amoroso, familiar ou amigo acredito que partilhar a vida com alguém que valha a pena é enriquecê-la; permanecer numa relação desgastada é suicídio emocional, é disperdício de vida. Entre fixar e romper, o conflito e o medo do erro.
Somos todos pobres humanos, somos todos frágeis e aflitos, todos precisamos amar e ser amados, mas às vezes laços inconscientes enredam nossos passos e fecham nosso coração. A balança tem que ser acionada: prevalecem conflitos ásperos e a hostilidadem, ou a ternura e aqueles conflitos que ajudam a crescer e amar melhor, a se conhecer melhor e melhor enxergar o outro? O olhar precisa ser atento: mais coisas positivas? Mais alegrias ou mais sofrimento? mais esperança ou resignação?
Cabe a cada um de nós decidir, e isso exige auto-exame, avaliação. Posso dizer que sempre vale a pena, sobretudo vale a pena apostar quando ainda existe afeto e interesse, quando o outro continua sendo um desafio em lugar de um tédio, e quando, entre pais e filhos, irmãos, amigos ou amantes, continua a disposição de descobrir mais e melhor quem é esse outro, o que deseja, de que precisa, o que pode - o que lhe é possível fazer." Lia Luft - Revista Veja (25 de abril de 2007).
Nossa, complicado. Trabalhosa essa história de relacionamentos.
Meu deserto, nesse momento, continua sem miragens. :(

6 comentários:

Priscila disse...

Olha, Mô, acho que prefiro um deserto sem miragens... afinal, miragens são ilusões...

Mônica disse...

Pois é Pri. Mas não acho que ilusões sejam tão ruins, principalmente quando nos impulsionam para torná-las realidade.

Anônimo disse...

oi, tdo bem? achei seu blog por acaso e me identifico mto com o q vc escreve! Estou com depressão e é confortante saber q alguém sofre e pensa parecido com o q eu estou passando. Tb li o texto da Lia Luft e fiquei mto sensibilizada por estar passando por um momento delicado em meus relacionamentos. Parabéns por vc ter essa sensibilidade. Vc é um ser abençoado por Deus!! Abraço.
Se puder responder ficaria mto feliz, queria saber como vc superou a fase, meu e-mail é ingridmemoria@yahoo.com.br

Mônica disse...

Oi Ingrid, bem vinda. Olha, compartilhar sentimentos têm me ajudado muito. Novos amigos também, mas fundalmentalmente o auto-conhecimento e aprender a gostar mais de mim do que dos outros. Até porque dizer para alguém q nossa felicidade depende dele é um fardo muito grande para qualquer um carregar. Agora só dependo de mim para ser feliz. E tudo mais o que vier junto com isso é lucro. ;)
Volte sempre, vamos nos falando. Um grande beijo e fica bem.

Anônimo disse...

Mas se tem alguém se iludindo junto, é bom! E quem sabe com bastante trabalho dos dois, a ilusão se torne realidade??. ;-)
Tô providenciando uma miragem pra ti. Sou muito eficiente.

Mônica disse...

eba clari. quero muitas, muitas ilusões. ;)