O problema de cada escolha significar uma renuncia é quando tu não tem chance de escolher, ou seja, quando quem escolhe é outro e tu invariavelmente passa a ser a renuncia.
Tu olhas pra trás e vê que em tantos anos tu nunca tiveste chance de mostrar porque tu poderias ter sido a escolha, porque durante todo esse tempo tu só serviste para passar o tempo entre uma escolha e outra. E nesses períodos de hiato tu ficaste na prateleira e só será retirada dali quando nada melhor aparecer no horizonte.
E agora de novo tu ouves que tu és um bibelô muito precioso, mas nunca deixara de ser um bibelô.
Só que és tu quem ouve quando voltam correndo te dizendo que a escolha foi de novo a errada. Até porque tu, do alto da prateleira há tantos anos, fica vendo erros depois de erros e sempre os mesmos erros, até porque o critério de escolha é sempre o mesmo critério.
E tu ficas ali, chorando e sem saber o que fazer com todo aquele sentimento que te sufoca e que não passa.
E aí descobre que tu de novo vai ter que morrer. Não no sentido literal, mas no sentido de matar tudo que tem dentro de ti pra ter a chance de nascer de novo, deixando pra trás tudo aquilo que te mata um pouco a cada dia. E matar e morrer é sempre muito doloroso. Tu precisa se permitir ficar de luto por ti mesma, por tantos anos de afetos jogados fora, por tantos anos de amor infértil.
Agora preciso me jogar da prateleira e preciso estar preparada para a dor da quebra. E também preciso ter esperança de que conseguirei colar os cacos e minimizar os rachos que ficarão e pensar que ainda ficarei atraente para agora eu ser o sujeito da escolha e não mais ser o objeto a ser escolhido ou não.
Tu olhas pra trás e vê que em tantos anos tu nunca tiveste chance de mostrar porque tu poderias ter sido a escolha, porque durante todo esse tempo tu só serviste para passar o tempo entre uma escolha e outra. E nesses períodos de hiato tu ficaste na prateleira e só será retirada dali quando nada melhor aparecer no horizonte.
E agora de novo tu ouves que tu és um bibelô muito precioso, mas nunca deixara de ser um bibelô.
Só que és tu quem ouve quando voltam correndo te dizendo que a escolha foi de novo a errada. Até porque tu, do alto da prateleira há tantos anos, fica vendo erros depois de erros e sempre os mesmos erros, até porque o critério de escolha é sempre o mesmo critério.
E tu ficas ali, chorando e sem saber o que fazer com todo aquele sentimento que te sufoca e que não passa.
E aí descobre que tu de novo vai ter que morrer. Não no sentido literal, mas no sentido de matar tudo que tem dentro de ti pra ter a chance de nascer de novo, deixando pra trás tudo aquilo que te mata um pouco a cada dia. E matar e morrer é sempre muito doloroso. Tu precisa se permitir ficar de luto por ti mesma, por tantos anos de afetos jogados fora, por tantos anos de amor infértil.
Agora preciso me jogar da prateleira e preciso estar preparada para a dor da quebra. E também preciso ter esperança de que conseguirei colar os cacos e minimizar os rachos que ficarão e pensar que ainda ficarei atraente para agora eu ser o sujeito da escolha e não mais ser o objeto a ser escolhido ou não.
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