Eu tinha um hábito até algum tempo atrás (acho que compartilhado por muitos) de ouvir músicas e sonhar. Sonhar com um romance, com situações de vitórias, de êxitos, enfim com situações felizes.
Com a maturidade perdi um pouco essa capacidade de sonhar. Aliás, perdi o hábito de ouvir música. Tenho preferido o silêncio dos meus pensamentos.
Na verdade, preciso voltar aos sonhos. Até porque meu terapeuta tem me feito pensar que felicidade é ter momentos bons para relembrar e sonhar quando não estamos tão felizes assim. Entretanto, os últimos tempos tão duros não estão recheados de momentos tão bons que me façam refugiar na sua lembrança.
Já que no passado recente não tenho encontrado esses refúgios emocionais, criei por hábito criar fantasias que pretendo transformar em sonhos a serem realizados. Tenho feito brincadeiras com minha imaginação, como pensar que estou em uma estação de esqui, em frente a uma lareira, em boa companhia, tomando uma bebida quente. Em outros momentos, imagino que estou com viagem marcada para daqui a poucas horas para passar uma semana em Paris, New York, ou outro lugar que desejo conhecer ou rever. Ou também que estou em uma praia no Nordeste com um grupo de amigos, passeando em uma jangada, fazendo mergulhos, comendo camarões e tomando água de coco.
Além disso, tentando imaginar momentos de felicidade mais possíveis em curto prazo, tenho pensado em como será a carinha do meu novo sobrinho. Será menina ou menino? Tenho imagino reencontro com amigos queridos. Tenho imaginado uma vida menos dura.
Tenho imaginado, ou sonhado, em me fazer feliz. E como recebi, no dia da minha formatura na faculdade há longínquos 20 anos, um cartão que dizia: "Constrói teus castelos no ar, depois coloca os alicerces", é isso que tenho tentado fazer.
Um comentário:
Eu também inventava sonhos com que sonhar. Boas viagens. bj
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