Há alguns anos atrás essa expressão me veio a mente: perdas necessárias. Não sabia onde tinha ouvido ou lido. Perguntei à minha irmã e ela me disse que conhecia um livro com esse título. Como essa expressão não saía da minha cabeça, como se fosse aquela musica que fica o dia todo rodando a nossa memória, fui atrás do tal livro.
Na verdade, o texto era um pouco didático demais, portanto, chato. Mas trouxe algumas reflexões interessantes, embora um pouco óbvias, do tipo "tudo precisa terminar". O término de uma fase do nosso ciclo vital dá passagem a um novo. Por exemplo: temos que terminar a adolescência para chegar a idade adulta. Por isso a importância dos ritos de passagem, como o debut, a cerimônia de casamento, as bodas de prata, a aposentadoria, os funerais e ai por diante, que são marcos dessas passagens.
Bom, mas acho que não era bem sobre isso que queria escrever. Queria falar das perdas que temos no cotidiano e que não conseguimos entender ou aceitar. É difícil processar uma perda, um final. O final de um amor, de um emprego, de uma vida.
Essa semana faleceu em Porto Alegre o avô paterno do meu sobrinho. Meu cunhado acabou ficando toda semana na cidade para resolver coisas relativas ao enterro e outras necessidades dessas horas. Minha irmã ficou encarregada de contar ao filho de quatro anos que avô tinha morrido. Ela disse: filho, o vô Joaquim morreu. Ele estava muito doente e Deus o chamou lá para o céu. Agora ele está lá fazendo companhia para os irmãos dele, para os outros vovôs. Ele encheu os olhinhos de água, sem entender muito, e disse: mas quando eu tiver com saudades dele eu posso ligar pra ele?
Bom, como o pai dele demorou toda a semana para voltar pra casa, um dia minha irmã chegou em casa e encontrou o pequeno com a mala pronta. Ele disse que ia buscar o pai. Que não queria que o pai ficasse lá fazendo companhia pro avô. Imagina a confusão na cabeça dele.
Como a confusão na nossa cabeça quando algo acaba. E se eu tiver saudade, eu posso voltar? Posso voltar pra minha relação antiga, posso ligar, posso voltar ao meu antigo emprego, posso voltar a ser criança? Não, não posso. Tudo acaba, quase tudo são perdas. São perdas necessárias. Necessárias para dar espaço a uma nova vida, um novo romance, um novo trabalho.
No meu caso, tive perdas nesses meses, e hoje entendo que foram fundamentais para dar inicio a nova vida que começo nessa semana.
Boa sorte pra mim. Que essas perdas se diluam nas novas conquistas. E que eu não tenha nunca vontade de voltar pra trás.
Na verdade, o texto era um pouco didático demais, portanto, chato. Mas trouxe algumas reflexões interessantes, embora um pouco óbvias, do tipo "tudo precisa terminar". O término de uma fase do nosso ciclo vital dá passagem a um novo. Por exemplo: temos que terminar a adolescência para chegar a idade adulta. Por isso a importância dos ritos de passagem, como o debut, a cerimônia de casamento, as bodas de prata, a aposentadoria, os funerais e ai por diante, que são marcos dessas passagens.
Bom, mas acho que não era bem sobre isso que queria escrever. Queria falar das perdas que temos no cotidiano e que não conseguimos entender ou aceitar. É difícil processar uma perda, um final. O final de um amor, de um emprego, de uma vida.
Essa semana faleceu em Porto Alegre o avô paterno do meu sobrinho. Meu cunhado acabou ficando toda semana na cidade para resolver coisas relativas ao enterro e outras necessidades dessas horas. Minha irmã ficou encarregada de contar ao filho de quatro anos que avô tinha morrido. Ela disse: filho, o vô Joaquim morreu. Ele estava muito doente e Deus o chamou lá para o céu. Agora ele está lá fazendo companhia para os irmãos dele, para os outros vovôs. Ele encheu os olhinhos de água, sem entender muito, e disse: mas quando eu tiver com saudades dele eu posso ligar pra ele?
Bom, como o pai dele demorou toda a semana para voltar pra casa, um dia minha irmã chegou em casa e encontrou o pequeno com a mala pronta. Ele disse que ia buscar o pai. Que não queria que o pai ficasse lá fazendo companhia pro avô. Imagina a confusão na cabeça dele.
Como a confusão na nossa cabeça quando algo acaba. E se eu tiver saudade, eu posso voltar? Posso voltar pra minha relação antiga, posso ligar, posso voltar ao meu antigo emprego, posso voltar a ser criança? Não, não posso. Tudo acaba, quase tudo são perdas. São perdas necessárias. Necessárias para dar espaço a uma nova vida, um novo romance, um novo trabalho.
No meu caso, tive perdas nesses meses, e hoje entendo que foram fundamentais para dar inicio a nova vida que começo nessa semana.
Boa sorte pra mim. Que essas perdas se diluam nas novas conquistas. E que eu não tenha nunca vontade de voltar pra trás.
4 comentários:
Um oi. Só pra dizer que eu estou aqui. Diariamente. :-)
oi querida. que bom, tava me sentindo meio falando sozinha aqui.rss.beijos saudosos.
Oii Mônica,
Estive ausente, tirei férias no inicio de maio, voltei e encontrei muito trabalho e alguns problemas sérios de saude na familia,já resolvidos graças a Deus e só agora estou retomando o ritmo.
Texto profundo esse.
Fiquei imaginando a carinha do seu sobrinho com saudade do pai.
As perdas necessárias ou não sempre mexem muito com a gente...
Que Deus nos abençoe e inspire sempre nas escolhas que temos que fazer ao longo da vida.
Que essa nova etapa na sua vida seja repleta de sucessos e que lhe tragam muita felicidade tb.
Abraços
Marilac
esses dias mesmo estava pensando que tu estavas sumida. que bom que tudo está resolvido. obrigada pelo carinho de sempre. beijo
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